25.4.08

METAS DE LEITURA NA EDUCAÇÃO

METAS DE LEITURA

Marcelino Rodriguez


O Brasil nunca será um país nem sequer perto de funcionar relativamente a altura dos bens, serviços e valores que a civilização já´produziu e produz senão começar desde já a se preocupar com o baixíssimo indice de leitura da população (hoje lê-se per capita no país menos de 2 livros ano), sendo esse o principal déficit educacional da população em todos os níveis, com repercussão negativa no desenvolvimento em todos os setores da vida nacional. Não existe país desenvolvido com mentes subdesenvolvidas e o hábito da leitura é inquestionavelmente fator determinante no desenvolvimento integral do indíviduo, o qual desenvolve as qualidades superiores tanto do intelecto quanto da sensibilidade, além de aguçar os sensos critico e criativo, imprescindíveis para a excelência seja em que função for que o indíviduo venha a exercer suas habilidades humanas. Como sanar esse grave e dramático problema, verdeiro buraco negro do ensino e do homem brasileiro? Nada de muito complicado. Basta fazer metas de leituras no ensino fundamental e médio, que é a fase de formação do indíviduo, mais ou menos entre os sete e quatorze anos que é quando se instalam os hábitos. Que tal de modo experimental seis livros anuais para cada série? Isso já melhoraria substancialmente e triplicaria o atual indíce. Não é um projeto caro nem tampouco complexo, basta apenas bom senso e vontade política do ministério da educação e dos educadores. Somente com leitura diversificada o individuo tem uma educação integral e não meramente técnica como hoje em dia. Aprender um sistema, seja qual for, não é ter a inteligência evoluida. A imaginação e a sensiblidade é que são fundamentais seja no direito, na arquitetura, medicina e demais profissões. Com sujeitos leitores ter-se-á uma qualidade de vida compatível com os bens que a civilização já produz. Sem leitura, impossível. Ao contrário do que pensam os otimistas, quem não tem o hábito de ler sequer é capaz de reconhecer a própria ignorância. Que se trabalhe então para se corrigir esse verdadeiro cancer educacional do brasileiro, que se estabeleça nos ensinos médio e fundamental a prioridade de formar estudantes leitores, com metas e tudo, para que num futuro de décadas adiante o Brasil possa vir a ter a esperança de um dia contar com um povo preparado para os desafios e conquistas da civilização. Direitos Reservados. Abril, 2008

9.4.08

A QUEDA DO AMÉRICA, LUTO NO FUTEBOL BRASILEIRO

A QUEDA DO AMÉRICA, O LUTO NO FUTEBOL BRASILEIRO


Marcelino Rodriguez

Esse seis de Abril ficará marcado para sempre
como uma página melencólica do futebol brasileiro,
com a queda do carismático clube de Campos Sales,
o único Campeão dos Campeões,
vitima da decadência de valores que ano a ano afunda
o futebol brasileiro e mais particularmente o carioca,
num grande e sujo mar de lama. Esse ano ano o requinte
da crueldade e da mau caratismo chegou ao auge do inacreditável.
Uma parte grande da imprensa com a tatica nazista de repetir
uma mentira até que se torne verdade, elegeu quatro
agremiações, o "quarteto fantástico" com o privilégio
de jogarem seus jogos apenas em seus domínios, coisa inédita
no futebol mundial. De um inacreditável cínismo. O mais estranho
é o eleger-se os "grandes" antes mesmo de saber quem é o GRANDE vencedor
da competição. Nelson Rodrigues dizia que toda unanimidade é burra.
Quando o Vasco venceu o primeiro campeonato, o América já tinha
sido campeão três vezes. Mas a atual impressa, desprovida de cultura
e senso de Tradição , vivendo do descartável e da carniça como abutre
ao invés de denunciar o patético e decadente futebol do rio
que já vitimou outros clubes simpáticos da capital como Campo Grande,
Bangu, Bonsussesso, OLaria, São Cristovão, tornou-se um campeonato
de cidades patrocinadas por prefeitura e mais o quarteto fantástico,
com bem pouco lugar para o América que aceitou erroneamente tal/
regulamento patético e vem lutando para tentar manter sua grandeza
mesmo encarando a máfia das arbitragens. Quem esquece a Taça Guanabara
de 2006, quando não fou dado o penalti a favor do América e o horroroso
time alvinegro humilhado em campo batia covardemente nos rubros? e o juiz fingiu que
não via nada? Bobo é quem se ilude. Acabou-se os tempos de romantismo
no futebol , onde o GRANDE se via era em campo e onde a ética
, a paixão e o espírito esportivo falavam mais alto. Em 1987 o América
que era fundador da CBF , terceiro colocado no brasileiro foi rebaixado
não em campo, como também não foi rebaixado em campo nesse domingo.
O América foi rebaixado pelo regulamento, como em 1987. Pouca gente
percebeu que jogando em seu estádio o América só perdeu um jogo.
Mas enquanto o quarteto fantástico jogava somente em seus domínios, o
gigante de Campos Sales ia a Macaé, Bacaxa, Campos e por ai vai. O América
começou ser rebaixado quando aceitou ser tratado
de forma injusta com
sua grandeza dentro e fora de campo.
Perdeu a chance de tirar a máscara do quarteto farsante, onde
as viradas de mesa os mantém não poucas vezes nas divisões principais.
Sou a favor e farei carga para que o América não dispute
mais um campeonato onde ele seja tratado de forma não condizente nem
com a realidade que dirá com sua grandeza. Sou a favor que seja criada
uma nova liga com os times do interior e os outros clubes cariocas
refundando o campenato carioca, deixando que o quarteto fantástico
joguem entre si somente, até que acabem e se extinguam. O Campeão dos
Campeões caiu em Friburgo, com torcedores de fluminesse, flamengo e
vasco e outros entre nós. Os verdadeiros torcedores que acompanham a história
do futebol sabem que sem o América , sete vezes campeão, vice outras
tantas, o campeonato do rio perde muito de sua graça, senão toda sua
graça, pois o América não é apenas grande, é Gigante de uma história
impossível de apagar. O rio chora. Seu fantasma há de perseguir
a imprensa marrom e os dirigentes do "quarteto fantástico" que se tiverem
um pingo de vergonha vão manter o América no seu lugar
de grande e cativo,
perpétua grandeza do futebol brasileiro e mundial. E aos dirigentes
e torcedores do clube resta não aceitar
mais tratamento nem regulamento
que não esteja a altura do clube. Ou nos tratam
como GRANDES incondicionais
ou não entremos mais em campo. Fiquemos imortais, na história,
Porém erguidos. Como diziam os templários antigos "antes a morte
que a desonra". Esse campeonato
é um esculacho indigno do América
e de sua história.




Rio, 09.04.2008